quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe suína

Há menos de 2 semanas desde que se constatou a primeira morte causada pelo vírus H1N1, já se fala em pandemia do vírus. Em um mundo globalizado, tudo gera efeitos globais. O primeiro caso ocorreu no México, mas já há infectados nos EUA, Europa e Nova Zelândia, para citar apenas alguns países. Mas algumas coisas ainda estão mal explicadas, pelo menos para mim, que nada entendo do assunto.

Pela própria denominação da gripe, por que não está ocorrendo sacrifício em massa de porcos, se o vírus tem, supostamente, origem nesses animais? Lembro-me das inúmeras aves sacrifadas quando se constatou o surto de gripe aviária na Ásia, poucos anos atrás. Lembro-me de centenas de aves jogadas ainda vivas em sacos pretos, que seriam incenerados, como forma de evitar que o vírus se alastrasse ainda mais. Talvez alguma explicação reste no fato de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter mudado seu nome para "Influenza A". Mas, mesmo assim, por que, até ontem, a própria OMS referia-se ao vírus como "gripe suína"?

Outra questão é a seguinte: se alguns medicamentos, como o Tamiflu, são eficazes no combate à gripe, não há certo exagero em todo esse desespero? Da forma como está sendo noticiado, tem-se a impressão de que é uma doença sem cura, que inevitavelmente leva à morte daqueles que contraem o vírus. O resultado disso é o pânico causado entre a população de todo o mundo. Aqui no Brasil, onde ainda não foi detectado nenhum caso da doença, já há pessoas comprando (e usando!) máscara nas ruas. Em Brasília, uma senhora internou-se no hospital após ter-se encontrado com um grupo de mexicanos durante um culto na igreja.

Com todo o respeito às vítimas fatais da gripe, parece-me que seu fator psicológico tem feito mais vítimas do que a própria ação do vírus.