domingo, 13 de julho de 2008

Efeito colateral


Nós, brasileiros, estamos tendo de mudar nossos hábitos sociais para nos adaptarmos à nova Lei Seca, que proíbe motoristas de dirigirem após terem ingerido bebida alcóolica, mesmo que em quantidades mínimas. O alto valor da multa e a possibilidade de perder-se a carteira de habilitação, além da chance de acordar vendo o sol quadrado, já chegaram a reduzir os acidentes de trânsito em até 40% em algumas capitais brasileiras. Mas, como a bebida alcóolica faz parte do ritual social de grande parte dos brasileiros, já consigo ver um efeito colateral decorrente da Lei Seca.

Quando alguém é escolhido o "amigo da vez", ele não pode beber e, além disso, ainda é obrigado a levar TODOS os amigos bêbados para a casa. A ênfase no pronome não foi por acaso. Quando alguém tem a sorte de não ser o "amigo da vez", sente-se na obrigação de beber, não socialmente, mas de enche a cara, só por não estar dirigindo. Nessa ocasião, beber até cair vira quase que uma questão de honra. Afinal, na próxima saída, pode ser que ele seja escolhido o "amigo da vez"... Com isso, a tendência é o aumento de casos de comas alcóolicos nos atendimentos emergenciais de hospitais. Corre-se o risco de faltar glicose no sistema de saúde brasileiro!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Homogeneidade

A população mundial está ficando cada vez mais fisicamente homogênea. O processo de globalização, com o avanço das técnicas de comunicação e de transporte, tem facilitado as migrações internacionais intercontinentais. E parece que o preconceito contra o estrangeiro está cada vez menos presente, apesar de ainda ser possível apontar vários casos isolados de intolerância contra o "outro". Mas a verdade é que a miscigenação entre os povos está cada vez mais superando os casais formados por indivíduos do mesmo grupo étnico ou racial.

Essa minha impressão não veio por acaso. Estava vendo as candidatas a Miss Universo 2008 e tentando adivinhar qual o país cada candidata estaria representando. Mas foi difícil! A canadense parece latina. A suíça parece brasileira (se bem que quase todas poderiam ser brasileira!). A sul-coreana não parece sul-coreana. As candidatas do Japão e da Dinamarca são mulatas. E por aí vai... Para quem acha que estou ficando maluco, confira nessa galeria de fotos do G1.

Isso é um bom sinal de que melhores tempos estão por vir. Os preconceitos étnicos e raciais perderão totalmente o sentido num futuro não muito distante. Infelizmente, fanatismos ainda estarão presentes, mas serão cada vez mais casos isolados. Ao olhar o próximo (e também o distante) se perceberá que seremos todos iguais fisicamente, apesar das diferenças culturais e lingüísticas. Mas é um bom começo.

Resta saber quem ganhará esse concurso de Miss Universo. Será a homogeneidade ou alguma candidata que represente o "padrão" de sua nacionalidade, como as candidatas da Holanda e de Chipre?